Declaração de Independência da Co 2019-09-16
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Com o objetivo de solidar o princípio da igualdade dos homens e de perpetuar o direito de autopreservação da nação à posteridade, eis que declaramos a independência da Coreia e a liberdade do povo coreano a todas as nações do mundo.
Os cinco mil anos da nossa história são testemunha dessa declaração que, em nome dos vinte milhões de compatriotas, busca o progresso duradouro e autônomo da nação e partilha o empenho pela restauração da ordem mundial fundada sobre a consciência da humanidade. Tendo a corroboração dos Céus, das circunstâncias e da reivindicação popular pelo direito de conviver com todos os povos, nada no mundo poderá impedir ou deter a proclamação desta nossa independência.
Entre os cinco mil anos de nossa história, a última década foi pisoteada por convicções arcaicas motivadas pelo autoritarismo e usurpação de uma nação invasora. Quantas vítimas perderam a vida? Quantas pessoas foram proibidas de pensar livremente? Quanto de nossa honra e dignidade foi violada? E quantos coreanos brilhantes foram privados da oportunidade de contribuir ao crescimento mundo afora?
Neste momento, a incumbência mais urgente é asseverar a independência da nação para nos livrarmos das dores do passado, vencermos o atual sofrimento, afastarmos ameaças futuras, recuperarmos e reanimarmos a dignidade e a integridade da nação, ampararmos o engrandecimento de cada indivíduo da nação e não legarmos esta desonra a gerações futuras, permitindo que nossos filhos gozem da plena felicidade.
Hoje somos protegidos por vinte milhões de corações coreanos ávidos pela independência da nação e pelo exército da justiça erguido sobre valores universais da humanidade e da moralidade. Assim sendo, não há força que entrave e não há objetivo que esteja além de nosso alcance.
Não estamos aqui apenas para acusar o Japão de repetidos casos de desrespeito a diversos acordos solenes firmados desde o Tratado de Amizade de 1876. E nem para repreender o Japão, que nos descreve como descivilizados em seus livros e nos humilha em todas as suas políticas, saboreando o prazer de dominador na nossa própria terra, através da descarada demonstração de desprezo pela nossa civilização e tradição milenar em todos os aspectos e maneiras.
Tão urgente é a conscientização do nosso próprio povo, que não temos tempo para procurar a culpa nos outros. Tão urgente é o agora, que não temos tempo a perder procurando os erros do passado. Nosso dever neste momento é a restauração de nós mesmos e não a destruição dos outros.
A missão da Coreia neste momento é traçar o destino da nação fundado sobre nossos próprios princípios, e não condenar os invasores movidos por ressentimentos do passado. Nosso objetivo é remediar a conjuntura abnormal e deficiente originária da ambição cega pelo poder e brado do invasores, a fim de recuperar condições justas e apropriadas, dignas de uma nação.
A anexação contra o arbítrio da Coreia cavou um fosso, cada vez mais profundo devido a tratamento despótico, opressão sufocante e levantamentos falsos, que impossibilita a volta dos laços de amizade entre os dois povos. Está mais do que claro que o caminho mais curto para a reaproximação das duas nações é corrigir os erros do passado e cultivar novas relações de amizade baseadas na verdadeira compreensão e empatia mútua. Reprimir as mágoas de vinte milhões de coreanos não é a solução. Essa repressão não será prejudicial apenas à perpetuação da paz na região, mas também intensificará o receio e o temor que os quatrocentos milhões de chineses vêm sentindo em relação ao Japão. Neste caso, não haverá outra consequência senão a decadência de todo o Extremo Oriente.
Neste contexto, a declaração de independência da Coreia não somente outorga ao povo coreano o pleno direto de seguir a sua própria vida e prosperidade como tal, mas também desvia o Japão do caminho equivocado para conduzí-lo a exercer acertadamente seu papel de potência regional, livrando a China da contínua apreensão que a aflinge. Destarte, a independência da Coreia é um passo imprescindível para a construção da paz mundial, da qual não se pode excluir a do Oriente. Como dizer que uma questão de tamanha importância não passa de uma ação sôfrega da nossa parte?
Eis que um novo mundo se desdobra diante de nossos olhos. Os tempos de coerção se vão e deixam lugar para justiça e igualdade. Os valores morais e humanitários, cultivados por tanto tempo, finalmente virão à tona da nossa história. A chegada da primavera apressa o despertar de todas as criaturas. Se até agora estivemos passando por um longo período de inverno rigoroso e sufocante, eis que novas energias e brisas afáveis da primavera nos revigoram. E no embalo das mudanças neste mundo, nós não hesitaremos e não sentiremos medo ao cumprir o nosso dever. Zelaremos por nosso direito à liberdade e à vida plena. Cuidaremos para que a soberania floresça sobre toda a nação repleta desta energia primaveril. É para isso que nós fomos despertados.
Homens, mulheres, crianças e adultos, levantemo-nos e reedifiquemos a nação! Temos em mãos valores humanitárias e a verdade como armas. Sendo abençoados com o zelo de todos os nossos ancestrais e o apoio do mundo inteiro, a vitória é certamente nossa. Prossigamos sem cessar.

Três juramentos
1. Nossa incumbência é em prol da vida, humanidade, justiça, dignidade e honra do povo coreano. Lutaremos pela liberdade, sem nunca nos deixar levar por sentimentos de ódio por outros.
2. Levaremos e anunciaremos o desejo de todo o povo coreano, até a última pessoa, até o último momento.
3. Todas as nossas ações serão pautadas e solenes; e nossas palavras honoráveis e justas.



Ao primeiro dia de março do 4252o ano da Dinastia de Joseon (1919),

Son Pyong-hui, Kil Son-ju, Yi Pil-chu, Paek Yong-song,
Kim Wan-gyu, Kim Pyong-jo, Kim Chang-jun, Kwon Tong-jin,
Kwon Pyong-dok, Na Yong-hwan, Na In-hyop, Yang Chon-baek,
Yang Han-muk, Yu Yo-dae, Yi Kap-song, Yi Myong-yong,
Yi Sung-hun, Yi Chong-hun, Yi Chong-il, Lim Ye-hwan,
Pak Chun-sung, Pak Hui-do, Pak Tong-wan, Shin Hong-shik,
Shin Sok-ku, O Se-chang, O Hwa-yong, Chong Ch¡¯un-su,
Choe Song-mo, Choe Rin, Han Yong-un, Hong Pyong-gi, e Hong Ki-jo